A sensação é poética: liberdade. Num lugar estranho, longe de casa, contando só com meu discernimento, sou livre de (quase) tudo.

Em menos de um mês, já estive em seis cidades diferentes. Em cada lugar, a mesma constatação: a liberdade me prende a si.

Convivendo comigo em vários cantos, nessas viagens, descobri que me gosto. Sou agradável sozinha. Meus fantasmas, agora, me sorriem. Tenho experimentado a saborosa solidão passageira, que existe quando você sabe que tem para onde - e para quem - voltar.

Minha casa é na estrada, nos ares. Assim me realizo, assim me alegro, assim eu sou. E quando volto pro meu chão, começa tudo de novo, com o doce gosto de estreia. Como diria uma famosa operadora de celular: "liberdade é isso".