Enquanto isso, na aula de Inglês Instrumental

Não sei se meus ex-colegas de curso se lembram, pois o “causo” sucedeu-se no primeiro semestre da faculdade.
Acho que era geral a mania dos professores daquela época de passar trabalhos em que os próprios alunos davam as aulas uns para os outros. O nosso professor de Inglês Instrumental não fugiu à regra e nos incumbiu da tarefa de preparar aulas de 20 minutos para nossos colegas.
Aí chega a vez de um amigo nosso dar a aula dele. Ele preparou as atividades e, entre elas, havia um ditado. Pediu que enumerássemos a folha de nosso caderno (ah, os tempos do primário) e começou o ditado.
“Media”, todos anotaram. Outra palavra “advertisement”. Todos escreveram e ele perguntou se poderia ditar a próxima.
Eu respondi, em nome da turma, em voz alta: “Let’s go!”
Aí ele se virou pra mim, com um olhar compreensivo e se dirigiu à turma, cheio de conhecimento da língua inglesa:
“Já que a minha amiga Suélen pediu, vou esperar mais um pouquinho.”

Comunicação, cães e raladores

Quem me conhece sabe o quanto gosto de falar.
Falo com planta, com bicho, com o espelho, com o garçom, com a TV e com quem mais me der atenção.
Criei este Blog para falar um pouco mais.
Para falar sobre o que der na telha e no Jornal Nacional.
Silêncio não combina comigo. Até admiro aqueles monges e freiras que ficam sem conversar por semanas. Só não me vejo entre eles. Aliás, eu até passaria uns tempos ali, caladinha, desde que não proibissem mímicas!
Não foi à toa e nem por falta de opção que escolhi o curso de Publicidade e Propaganda. Lembro de uma disciplina do primeiro semestre que ensinava (na verdade quem ensinava era a gente, a professora só passava trabalhos de pesquisa com apresentação para a próxima aula) teorias de comunicação. Se não me engano, era Comunicação Comparada. Aquelas histórias bacanas de emissor, receptor, mensagem, canal, código e etc. Numa das poucas vezes em que a tal professora abriu a boca para dizer algo que prestasse, ela falou que a comunicação não depende apenas do emissor, do receptor e da informação. Para ser comunicação, tem que ter feedback, retorno. Se não tiver, é só uma informação lançada no limbo. É a mesma coisa que falar com um ralador. Você é o emissor, ele é o receptor. Aí você diz: Que merda essa crise aérea, hein, senhor ralador?! E ele fica ali, paradinho, só te olhando esquisito e não te responde (se bem que não podemos esperar muito dos raladores, eles são meio caladões e quase não viajam de avião...). Agora, se você fala com seu cachorro e ele responde com um rosnado que seja, isso é feedback, comunicação de verdade.
A idéia é que meu Blog seja um espaço para troca de idéias. Comentemos, palpitemos! Porque o mundo é de quem se comunica sempre e se estrumbica de vez em quando.
Bom, espero que vocês, caros amigos leitores, não sejam como os raladores e, pelo menos, rosnem para mim!
Um abraço a todos.
Su